segunda-feira, 15 de junho de 2015

ESTUPRO CONSTITUCIONAL

Ricardo Melo
Da Folha

Na teoria democrática formal, parlamentares são representantes do povo. Pura fantasia. O Brasil prova o tamanho da falácia.

Sem consultar ninguém, deputados e senadores passaram a legislar sofregamente sobre mudanças constitucionais. Sob a liderança do cruzado Eduardo Cunha, o plenário da Câmara vota a toque de caixa modificações que interferem no já limitado direito do povo de decidir os rumos do país.

Brasília abriga neste momento uma espécie de constituinte pirata, destinada a preservar privilégios presentes e "corrigir" escorregões como o da reeleição.

O princípio, adquirido a peso de ouro para eternizar FHC e sua trupe no poder por anos e anos, como dizia Sérgio Motta, deu errado. Resultou em anos de administração petista. Mesmo sem entrar no mérito deste período, tem-se a velha história do feitiço traindo o feiticeiro.


Agora, chega. No caldeirão do Cunha, cabe tudo. Mandato de cinco anos, fim da reeleição, doações empresariais, voto obrigatório.  CONTINUE LENDO

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