Há uma mudança de comportamento nas partes em disputa na
Operação Lava-Jato.
Depois da Odebrecht, a Andrade Gutierrez e a OAS dão sinais
de que também vão reagir à ofensiva do juiz Sérgio Moro.
Segundo Sonia Racy, do Estadão, a primeira vai publicar um
comunicado nos jornais onde, segundo ela,
a empresa “considera inadmissíveis as prisões com base em presunções
genéricas e depoimentos inverídicos.”
E “peita” a República de Curitiba, desqualificando as
alegações da acusação, a que chama de “frágeis”.
E a OAS , por seus
advogados, endureceu jogo,
chamando Moro de “justiceiro” e
parcial; os advogados também acusaram os procuradores de usar “provas ilícitas”
e a criação de um cenário de “condenação antecipada” para os cinco executivos
da empresa que são réus, segundo a Folha.
Moro, por sua vez, sabe que suas ordens de prisão se
sustentam menos por seus fundamentos jurídicos e mais pelo receio dos juízes
dos tribunais superiores de serem expostos à exibição como “defensores de
empreiteiros” e “coniventes com a corrupção”.
Mas isso tem – e Moro sabe disso – um limite. Que já foi, ao
que parece, levado ao extremo.
É possível que Moro contasse com um efeito político maior da
prisão de Marcelo Odebrecht e talvez tenha se surpreendido com a disposição do
empresário e da empresa em “bancar” o enfrentamento.
Infelizmente, o que
deveria ser um processo judicial tornou-se, de forma evidente e
escandalosa, um processo político. MAIS
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