A belíssima ilha principal de Fernando de Noronha
Fernando de Noronha está sob as lentes de biólogos especializados: o que terá causado cegueira e deformidade em tantos anfíbios moradores da ilha principal? E quais estratégias os cururus cegos estão desenvolvendo para sobreviver?
Por:
Luis Pellegrini
O azul
do mar, o verde da vegetação, os ocres das falésias rochosas, são apenas
algumas das cores que compõem a paleta de um dos mais belos paraísos tropicais
do Brasil: o arquipélago de Fernando de Noronha, a 350 quilômetros do litoral.
Mas nem todos os seus habitantes são capazes de apreciá-lo.
De fato,
da população de Noronha faz parte um grande número de sapos cururu (Rhinella
schneideri), muitos dos quais parcial ou completamente cegos. Os anfíbios foram
introduzidos na ilha principal há cerca de um século – talvez, como conta uma
história, por um sacerdote católico que os levou do continente para controlar
os insetos que dizimavam sua horta. As alfaces do padre foram salvas mas, bem
nutridos pelos insetos, os sapos proliferaram e constituíram, ao longo das
décadas, várias colônias.
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