domingo, 26 de abril de 2015

O SANTO DOM HELDER CÂMARA

Por Frei Betto

Roma autorizou, neste mês, a arquidiocese de Olinda e Recife a iniciar o processo que poderá levar a Igreja Católica a reconhecer e cultuar Dom Helder Câmara (1909-1999) como santo.

Conheci-o quando era bispo auxiliar do Rio, no início da década de 1960. Homem de muitos talentos, ocupava-se também da Ação Católica, movimento que agrupava o chamado A, E, I, O e U (JAC, JEC, JIC, JOC e JUC).

Além dos anos em que participei da direção nacional da Ação Católica, convivi com Dom Helder no último período da vida dele; anualmente eu palestrava, no Recife, na Semana Teológica. Nunca deixava de visitá-lo na igreja das Fronteiras, onde residia.


Homem de baixa estatura e frágil, ele tinha características curiosas: quase não se alimentava. Comia como um passarinho. Tinha um horário estranho de sono: deitava-se por volta de onze, levantava às duas da madrugada, sentava numa cadeira de balanço e se entregava à oração. Era, como ele dizia, seu "momento de vigília”. Rezava até as quatro, dormia mais uma hora e levantava para celebrar missa. CONTINUE LENDO

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