Jornal O Globo há 50 anos atrás - 21 de janeiro
Por Miguel do Rosário
Além de não ter lido o Alienista de Machado de Assis, o juiz
Sergio Moro parece também não conhecer o Espírito das Leis, de Montesquieu.
Os noticiários informam hoje que Moro ordenou a prisão de
João Vaccari Neto, tesoureiro do PT.
Moro age como um procurador, um juiz de instrução, não como
um juiz de verdade, que olha imparcialmente os dois lados da balança: a
acusação e a defesa.
Os sigilos de todos os familiares de Vaccari foram
quebrados: dele, mulher, filha, cunhada.
Nunca se viu nada parecido na Justiça brasileira.
Descobriram que, de 2008 a 2013, o patrimônio da filha de
Vaccari cresceu de R$ 240 mil a R$ 1 milhão. Tudo devidamente declarado à
Receita Federal.
Se a pessoa comprou ou ganhou um apartamento de dois
quartos, pronto, já virou um criminoso na cabeça de Moro.
A mulher de Vaccari é criminalizada porque, de 2008 a 2014,
recebeu um pouco mais de R$ 300 mil em “depósitos picados”.
Ora, esses valores permitem à pessoa inclusive requerer
atestado de pobreza diante da Justiça, para não pagar custas judiciais!
A mulher do Vaccari é tratada como bandida por causa de R$
3,5 mil / mês? Ou seja, por causa de um décimo do que ganham mensalmente o
próprio juiz Moro e os procuradores?
Olha o título da notícia no Estadão:
Nenhum comentário:
Postar um comentário