Por Fernando Brito
Responda-me de pronto o caríssimo leitor e a querida
leitora: uma oposição e uma imprensa (o que, no Brasil, nos es lo mismo, pero
es igual) que diz querer extirpar a propinagem da administração pública e da
política pode, em meio ao vendaval provocado pela Operação Lava-Jato, pretender
eleger, como terceiro na linha de sucessão presidencial um sujeito como Eduardo
Cunha, cuja história tenebrosa vem dos tempos de PC Faria?
Esta pergunta, bem simples, define o divisor de águas que
pode transformar esta investigação em um processo de saneamento ou de
apodrecimento da democracia brasileira.
Saneamento, se for para apurar e eliminar a promiscuidade
das relações entre o Estado e seus contratados.
Apodrecimento, se for para atingir, sejam culpados os
inocentes, apenas os “escolhidos” para personificá-las, entregando o mundo da
política aos preservados, blindados ou esquecidos da sanha moralizadora.
Não é um problemas de leis, que temos em profusão.
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