terça-feira, 4 de novembro de 2014

O PSDB NA ENCRUZILHADA DE NOVO

Por Andre Borges Lopes

1) No final de 2009, encerramento do segundo mandato do presidente Lula, o governo federal apresentou a terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), dando continuidade ao trabalho realizado nas gestões tucanas de FHC (PNDH-1 e PNDH-2). A terceira versão mudava a abrangência do conceito de "direitos humanos" e dava continuidade à investigação e reparação dos crimes da ditadura de 1964 (já iniciada nas versões anteriores) e ampliava a discussão sobre a democratização dos meios de comunicação.

Em ano eleitoral, a direita hidrófoba e seus porta-vozes na grande mídia viram no anúncio do PNDH-3 uma chance de botar as manguinhas de fora, acusando o governo petista de promover o revanchismo e a vingança contra os militares que "impediram o Brasil de se tornar uma nova Cuba". De quebra, faziam confusão de má fé entre democratização da mídia e censura à imprensa.


Nesse momento, o PSDB teve uma inédita oportunidade histórica de marcar claramente sua posição como o partido de uma nova direita liberal no Brasil. Sem ter esqueletos no armário ou qualquer compromisso com a velha ditadura (contra a qual os tucanos combateram, muitos deles com bravura) podia ter dito claramente: não nos confundam com essa gente. Afirmar seu apoio (mesmo que com críticas) ao PNDH, iniciado por eles mesmos, não representaria alinhamento com o governo petista. Seria simplesmente reafirmar seu compromisso com a democracia e seu repúdio à ditadura e às intervenções militares. CONTINUE LENDO

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