Por Fernando Brito
O mestre Janio de Freitas – sempre ele, quase só ele – traça
um retrato que a imprensa, no seu afã de abanar tudo o que possa ser foco de
dificuldades para Dilma Rousseff, tem sido incapaz de traçar.
Mostra como é, de fato, a luta entre o PMDB presidido por
Michel Temer e a parte da bancada liderada por Eduardo Cunha, um personagem
tenebroso no qual se depositam esperanças de vir a ser o “derrubador
parlamentar” da expressão eleitoral do povo brasileiro.
Janio demonstra como Cunha se oferece – e aos deputados que
lidera – como uma esfinge sem mistérios, da qual o desafio ao governo é um
“atenda-me ou te devorarei”.
Mas que, também, negocia com a oposição a condição de
príncipe da sabotagem, que lhe renda poder, vantagens e uma liderança política
incompatível com sua pequenez moral.
Janio diz tudo, mas atrevo-me a uma pequena e burlesca
contribuição de testemunha ao que diz Janio sobre as artes de Eduardo Cunha é
frente da Telerj no Governo Collor. Por meio de um secretário de Estado, foi ao
Palácio Laranjeiras, no início do segundo governo Brizola, levar um dos
primeiros telefones celulares a opoerar aqui. Um trambolho, que funcionava numa
maleta e servia apenas para fazer peso. Brizola recebeu aquele traste e nunca,
que eu visse, o usou. A única ligação que Cunha tentou com o sabido gaúcho,
caiu logo no começo. Quando Garotinho, ainda no PDT, elegeu-se governador,
Cunha foi uma das indicações que levou ao rompimento de Brizola com o
recém-eleito, quando lhe entregaram as obras da Cehab,pelo apoio de sua rádio
evangélica. Se perguntarem a Garotinho, hoje, o que é Eduardo Cunha, tirem
antes as crianças de perto.
O artigo de Janio de Freitas, AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário