Por Fernando Brito
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal,
produziu o fato que pode ser o mais importante, até agora, da apuração do
pagamento de propinas da chamada Operação Lava-Jato.
Porque, simplesmente, agiu como deve agir um juiz,
equidistante das partes.
Zavascki recebeu o questionamento de um dos advogados das
empreiteiras, no qual alega que, desde o ano passado, sabia-se, pelo menos, do
envolvimento de deputados federais (André Vargas, ex-PT, e Luiz Argôlo, do
partido de Paulinho da Força) como beneficiários do esquema, e o impedimento
pelo Juiz Sérgio Moro, de que depoentes citassem nomes de políticos em suas
declarações em juízo, este um fato público,registrado em gravações muito mal
explicadas.
O objetivo seria conservar, por artifícios, o caso em sua
jurisdição e não, como seria da lei, nestas circunstâncias, no Supremo.
Fez o que é seu dever de ofício fazer, diante do alegado:
pedir informações à autoridade atacada, o juiz Moro.
Que, como qualquer servidor público, mais ainda da Justiça, deve justificar seus atos.
Teori Zavascki age sem espalhafato.


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