Por Paulo Nogueira,
Gostaria de ouvir a opinião
da ombudsman.
É notícia que a família real
do Qatar ofereça a Dilma, convidada especial, uma suíte que a Folha calcula que
custe 30 mil reais a diária?
Ou é apenas uma forma
dissimulada de agredir Dilma?
Para mim, a segunda opção – a
agressão – é a resposta certa.
Onde Dilma seria colocada
senão num quarto de um dos melhores hotéis do Qatar?
Ela é presidente do Brasil,
uma das maiores economias do mundo. Recebeu um convite de um país rico para
fazer uma escala antes da reunião do G-20. O Qatar tem interesse presumível em
ampliar suas relações comerciais com o Brasil, e a recíproca é verdadeira.
Fora tudo isso, como seus
vizinhos, o Qatar é a terra da extravagância luxuriosa, patrocinada pelos
petrodólares.
Notícia, no caso, seria darem
a Dilma um quarto banal para turista que viaja com milhas.
A maldade da Folha seria
irrelevante não fosse pelo fato de que incentiva em seus leitores ideias
estapafúrdias.
É um artigo que deseduca, em
vez de educar.
Passei os olhos pelos
comentários. Lá estavam os antipetralhas usuais falando na “esquerda caviar”.
Alguns diziam até que é o contribuinte brasileiro que paga, quando a própria
nota esclarece que as despesas correm por conta do convidado.
Inépcia da Folha não deve
ser. É improvável que seus jornalistas não saibam que tipo de hotel é reservado
a presidentes convidados para uma visita, e não apenas no Qatar, aliás.
Se não é inépcia, é má fé.
Mesmo assim, gostaria de ver
a opinião da ombudsman sobre o caso.
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