quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

NATAL É A PROCLAMAÇÃO DA IGUALDADE HUMANA

Por Fernando Brito

Caetano Veloso, um imenso poeta que só se obscurece quando sua necessidade imensa de aparecer eclipsa seu brilho, cantou em seu “Milagres do Povo”:

Quem é ateu e viu milagres como eu
Sabe que os deuses sem Deus
Não cessam de brotar, nem cansam de esperar
E o coração que é soberano e que é senhor
Não cabe na escravidão, não cabe no seu não
Não cabe em si de tanto sim

Nesta véspera de Natal, crer no Jesus Deus é não é o que nos separa.
Mas, certamente, crer naquele Deus  humano – e assim conferiu divindade aos homens – é o que nos une.
Embora a ganância  tenha feito do Natal um dia  onde os shoppings são o templo e os presentes sejam uma espécie de oferenda a pedir perdão por nossas ausências – afetivas, paternas, filiais, fraternais  - este dia, ao menos este dia, deve nos procurar igualar e encontrar.

Talvez, um dia, este país descubra que é possível que os outros 364 dias do ano também possam ser, à sua maneira, um dia de Natal.

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