Por: Fernando Brito
Casa onde falta o pão, todo mundo briga e ninguém tem razão,
repetia minha santa avó.
Não pode vir outra coisa à mente quando se lê o “apelo
amigo” de Fernando Henrique Cardoso para que Joaquim Barbosa não se lance
candidato à presidência.
Fernando Henrique já entregou os anéis presidenciais e está
pensando, agora, em salvar os dedos partidários.
Sabe que Barbosa não poderia ser o candidato tucano sob pena
de desmascarar sua própria atuação como “Batman”.
E sabe que com Barbosa candidato por outro partido, vai-se o
que ficou de PSDB.
Não é o mesmo com Eduardo Campos, a quem ele sabe ser fraco
e capaz de compor.
Mas se a doçura com que trata a candidatura Campos era
esperada, surpreende a dureza com que se referiu a Barbosa.
Compara-lo com Collor, dizer que ele não tem capacidade de
liderar e afirmar que uma candidatura do presidente do STF seria “uma aventura”
, se não são sinais de aberta hostilidade, o que seriam?
Fernando Henrique, como se sabe, não tem voto, mas tem mídia
e trânsito no mundo da “bufunfa”.
Dá um claro sinal de que Joaquim Barbosa tem o seu espaço,
mas que não é na boléia do coche.
“Talvez o Senado, a vice-presidência”, diz ele, dizendo qual
é o lugar até onde o admite.
Será que o valente Dr. Joaquim dará uma resposta à altura ao
nosso Rei Sol?
Ou acolherá mansamente sua orientação?
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