Por Antonio Lassance
Era uma vez um bando de tucanos - como se sabe, o coletivo
de pássaros é bando. Empoleirados e empertigados, um ao lado do outro, eles se
esforçaram ao máximo para demonstrar altivez, unidade e indignação.
Sua reunião mais parecia o quadro da Última Ceia, mas ainda
não haviam escolhido ninguém para Cristo. Negaram três vezes que estejam
metidos em maracutaias. “Não, não e não!”
Chamaram a imprensa para fazer disso uma coletiva. Como se
tivessem descoberto alguma novidade, exibiram uma papelada tirada do sarcófago
de uma investigação, nunca levada adiante, sobre o escândalo do trensalão do
PSDB, carinhosamente apelidado de “caso Siemens”.
Provaram, por “a” mais “b”, que alguém teve o desplante de
traduzir “o governo de São Paulo” por “governo do PSDB”. Onde já se viu? Onde
se lê, em Inglês, “pessoas do governo”, aportuguesaram para “tucanos”.
Definitivamente, alguém está querendo confundir as coisas.
Para dar mais sobriedade ao encontro, o bando colocou no
meio o candidato a presidente, Aécio Neves. Alckmin e Serra não compareceram.
Foi melhor. Havia o risco de levantarem a mão na hora da leitura do documento e
dizerem “sou eu”.
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