Fugir dos rótulos, propondo o diálogo entre estilos musicais. Esta é a proposta do cantor e compositor Antonio Miranda em seu novo álbum, Desclassificado. O show de lançamento em Feira de Santana acontece esta quinta-feira (3), a partir das 8:00 da noite, no Teatro da CDL.
Miranda apresenta ao público as 13 músicas que compõem Desclassificado – dez próprias e três feitas com o parceiro Paulo Costa. “Desclassificado porque transita por diversos ritmos e estilos e não se prende a nenhum deles, praticando um exercício de liberdade musical”, declara o compositor.
Dessa forma, o repertório reúne canções como “Água no Fogo”, uma espécie de tango nordestino; e “Na Janela”, onde a viola caipira dialoga com o bandolim – tocado como se fosse uma guitarra portuguesa –, pelas mãos de Júlio Caldas e Armandinho Macêdo, respectivamente. Além deles e do samba de roda de Dona Dalva, o disco conta com a participação dos cantores Xangai e Dico Mendes, africano de São Tomé e Príncipe.
O show também terá um gostinho especial para Miranda e para aqueles que movimentavam a arte cênica em Feira de Santana a partir da década de 1960. Sobem ao palco quatro atores que com ele integraram a Sociedade Cultural e Artística de Feira de Santana (SCAFES) – Luciano Ribeiro, Raimundo Pinto, Alvaceli Ramos e Geraldo Lima. Os atores vão interagir com o cantor, dialogando com o repertório e com a plateia.
Mosaico – Da bossa nova ao samba, passando pelo rock, Desclassificado apresenta canções que comumente não se visitam. “A música que dá título ao álbum, por exemplo, vai do pagode ao arrocha, passando pelo samba-reggae, se encontra com o samba carioca e visita também a bossa nova”, ressalta Miranda.
A partir da mistura apresentada pelo artista, surge a pergunta: de onde vem a influência? “Tudo o que passou pelos meus ouvidos, sem preconceito. Mas é claro que minhas preferências estão nos grandes mestres: Dorival Caymmi, Luiz Gonzaga, Noel Rosa, João Gilberto, Cartola, Batatinha, Elvis Presley, Beatles, Bob Dylan, Caetano Veloso, Gil, Tom Zé, Gordurinha, Jackson do Pandeiro e por aí vai”, conta. (Lineia Fernandes)
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