terça-feira, 20 de outubro de 2009

AZENHA: FOLHA VAI ALÉM DO DESAPEGO À VERDADE FACTUAL

Blog Vi o Mundo

por Luiz Carlos Azenha


A partidarização da mídia brasileira vai além do desapego à verdade factual. Temos jornalistas que, em nome de contemplar "os dois lados", simplesmente se deixam usar para fazer propaganda política.
O caso envolvendo Lina Vieira é apenas a demonstração mais recente disso. A ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, usou uma entrevista à Folha de S. Paulo para propagar a versão de um encontro com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O ônus da prova cabia a ela, Lina. Ao depor no Congresso, Lina Vieira não forneceu provas factuais ou testemunhais sobre o que disse na entrevista.
Ou seja, a mídia transformou um factóide em um fato. Fez isso em nome dos partidos de oposição, numa clara estratégia para avançar os interesses partidários.
O factóide ganhou novo fôlego com o surgimento repentino da agenda de Lina Vieira. O encontro, segundo anotação na agenda, teria sido no dia 9 de outubro de 2008 (essa é, pelo menos, a versão da revista Veja). Não é a data anunciada anteriormente por Lina Vieira a senadores da oposição. LEIA MAIS

Um comentário:

  1. Só Lina salva

    Agora esses petralhas malditos não escapam. Apareceu a agenda secreta de Lina Vieira. Oh! Escândalo! É o fim de Dilma Rousseff!
    De suas páginas tenebrosas surgirá o tão esperado diário da malvadeza palaciana. Haverá menções a orgias satânicas, zoofilia e mil roubalheiras que chocarão nossa virginal opinião pública. Ninguém escapará. Nem Lula, nem Ciro Gomes, ninguém.
    Mas essa imprensa não parece criação de novela mexicana? A moça pede um tempinho, escarafuncha seus armários bagunçados e, que sorte, descobre o caderninho de preciosidades... ali, no armário, esquecido exatamente como ela o deixou.
    Então um exército de profissionais (formados em jornalismo, diga-se) abandona qualquer outra prioridade para especular sobre anotações tão valiosas. E todo mundo acredita piamente nesse factóide rasteiro, em sua relevância jornalística, nas boas intenções da ex-funcionária martirizada.
    Aaaai, que preguiça.

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