Por Fernando Brito
De novo, é uma manobra arriscada, de quem acredita que tem
uma força que é, ao menos, duvidosa que tenha.
O governo se joga nas mãos do Centrão.
Sem os seus votos, não haverá aprovação da matéria.
Cada minuto gasto nas obstruções regimentais, em véspera de
feriado, tem efeito dobrado entre os “centristas”.
Um risco desnecessário, quando a aprovação na semana que vem
é certa.
Pode funcionar, é claro, pela insensatez que coloca o saque
à seguridade social como chave dos desejos do “mercado”, bússola de Rodrigo
Maia em sua ação de manipulação dos blocos que se organizam no parlamento.
Não deixa, porém, de ser uma aposta temerária, pois dois
dias a menos não garantem nada na tramitação, daí por diante, até porque as
diferenças serão represadas.
Amanhã, não funciona a tática adotada hoje, a de ausentar a
base de apoio da discussão.
Quarta-feira Santa, porém,l. é o dia em que Judas oferece a
traição de Cristo…
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