Por Fernando Brito
Quando estourou o escândalo das montanhas de dinheiro em
suas contas, Fabrício Queiroz, manager do gabinete de Flávio Bolsonaro foi
esconder-se em Rio das Pedras, área controlada pela milícia “Escritório do
Crime”.
Em seguida, surgiu a notícia do envolvimento do “Escritório”
com a morte da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes.
O chefe do “Escritório”, o ex-PM Adriano Nóbrega, havia sido homenageado por Flávio com a
Medalha Tiradentes da Assembléia, levada em seu domicílio – a prisão –
especialmente.
O pai, em Brasília, fazia discursos em defesa da milícia na
Câmara dos Deputados.
Fabrício, apiedado com as dificuldades da família do miliciano,
contratou sua mulher e sua mãe para o gabinete do “01”.
A irmã de dois outros acusados de integrarem milícias era
membro do comitê financeiro da campanha do rapaz.
Agora prenderam dois sargentos PM – um reformado e um
expulso, ambos com extensa folha corrida – suspeitos de terem sido o executor e
o “piloto” do carro no assassinato de Marielle e Anderson.
O primeiro é vizinho do presidente num condomínio na Barra –
ganha bem, o sargento – e tem negócios no Rio das Pedras, onde manda e desmanda
o capitão miliciano: o Adriano, bem entendido.
E o segundo tira selfies com Bolsonaro e posta seu apoio ao
capitão nas redes sociais.
Tudo, claro, é mera coincidência, mas que dava um powerpoint
daqueles by Dallagnol, isso dava.
Não concorda, Dr. Moro?
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