terça-feira, 12 de março de 2019

AS MERAS COINCIDÊNCIAS OU “O POWERPOINT DO BOLSONARO”


Por Fernando Brito

Quando estourou o escândalo das montanhas de dinheiro em suas contas, Fabrício Queiroz, manager do gabinete de Flávio Bolsonaro foi esconder-se em Rio das Pedras, área controlada pela milícia “Escritório do Crime”.

Em seguida, surgiu a notícia do envolvimento do “Escritório” com a morte da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes.

O chefe do “Escritório”, o ex-PM Adriano Nóbrega,  havia sido homenageado por Flávio com a Medalha Tiradentes da Assembléia, levada em seu domicílio – a prisão – especialmente.

O pai, em Brasília, fazia discursos em defesa da milícia na Câmara dos Deputados.

Fabrício, apiedado com as dificuldades da família do miliciano, contratou sua mulher e sua mãe para o gabinete do “01”.

A irmã de dois outros acusados de integrarem milícias era membro do comitê financeiro da campanha do rapaz.

Agora prenderam dois sargentos PM – um reformado e um expulso, ambos com extensa folha corrida – suspeitos de terem sido o executor e o “piloto” do carro no assassinato de Marielle e Anderson.

O primeiro é vizinho do presidente num condomínio na Barra – ganha bem, o sargento – e tem negócios no Rio das Pedras, onde manda e desmanda o capitão miliciano: o Adriano, bem entendido.

E o segundo tira selfies com Bolsonaro e posta seu apoio ao capitão nas redes sociais.

Tudo, claro, é mera coincidência, mas que dava um powerpoint daqueles by Dallagnol, isso dava.

Não concorda, Dr. Moro?

Nenhum comentário:

Postar um comentário