Por Fernando Brito
Num processo político, a conclusão, mais que legal, é
política.
E o resultado mais imediato do julgamento do TSE é o de que,
para manter Michel Temer, os pregadores
da direita na mídia tiveram de sacolejar um dos maiores santos do seu altar:
Gilmar Mendes.
Mendes ainda não está na situação de opróbrio de Aécio
Neves, mas foi e será grelhado na mídia.
Nenhuma dúvida de que se enfraqueceu.
Teve de assumir que o julgamento era político, sem os
subterfúgios de técnica jurídica que suportaram os outros três votos contrários
ao relator.
A primeira reação é evidente: o Ministério Público – e não o
PSDB, autor da ação – deverá entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal.
E se transferirá para a corte suprema o combate entre o
poder político e o Partido do Judiciário.
A máquina de destruição que se pôs em marcha com ele, há
mais de dois anos, agora começa seu processo de autofagia.
Eles tomaram o poder, mas o processo monstruoso que criaram
para tomá-lo os ameaça devorar.
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