Convenhamos: uma revista dedicada
à gastronomia e ao consumo do luxo não é veículo apropriado para propaganda
governamental, que deve ter como objetivo comunicar políticas públicas à
população
por Helena Sthephanowitz,
O empresário João Doria Jr, presidente do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), filiado ao PSDB a convite do governador Geraldo Alckmin, e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, apareceu mais uma vez na imprensa por motivos nada nobres.
O empresário João Doria Jr, presidente do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), filiado ao PSDB a convite do governador Geraldo Alckmin, e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, apareceu mais uma vez na imprensa por motivos nada nobres.
O ex-líder do movimento golpista
"Cansei" e ex-presidente da Embratur na gestão Sarney, que chegou a
convocar artistas para pedir impeachment de Lula durante a CPI do mensalão e
agora está à frente de movimentos pró-impeachment por, segundo declarações
dele, ser contra a corrupção, foi assunto no fim de semana, por ter recebido R$
1,5 milhão do governo Alckmin, de 2014 para cá, por anúncios em revistas da
Doria Editora, de sua propriedade.
O caso que chamou mais atenção
foram R$ 501.200,00 pagos com recursos públicos por um publieditorial na
revista "Caviar Lifestyle". O pré-candidato tucano declara que o
valor pago é justo pela fato de a circulação da revista chegar a 40 mil
exemplares. Mas a explicação não convence.
Convenhamos que uma revista de
nome"estilo de vida caviar", dedicada a gastronomia e à promoção do
consumo de alto luxo, e distribuída para clientes "exclusivos", não é
veículo apropriado para propaganda governamental, que deve ter como objetivo
comunicar políticas públicas à população. A não ser que Alckmin esteja
assumindo de uma vez por todas que seu governo é realmente voltado para
paulistas com estilo de vida caviar.
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