Por Miguel do Rosário
Quando Dilma assinou o decreto que institui a Política
Nacional de Participação Social, os jornalões protagonizaram uma reação
histérica, como se estivéssemos em vias de aderir a um bolivarianismo radical.
O Globo publicou um editorial ultra-agressivo, intitulado:
“Decreto agride democracia representativa”. Estadão, Veja, Olavo de Carvalho,
Folha, todos se juntaram num grito uníssono de repúdio: como assim ampliar a
participação popular? O povo? O povo que se dane!
Nada como um dia após o outro.
O programa de governo de Marina Silva acaba de encampar a
proposta da presidenta. Aliás, encampa todas as propostas que a presidenta
ofereceu à sociedade, após as manifestações de junho, contra as quais a mídia
se insurgiu com enorme violência editorial: conselho de participação social,
mais plebiscitos, mais consultas populares.
Comprem pipocas, a mídia vai entrar em parafuso! Será
coerente e baterá na Marina?
E o que fará o PSB? Sem uma base militante considerável, e
com pouco tempo de TV, Marina precisa da mídia para crescer eleitoralmente. O
mais provável é que recue, infelizmente.
Enfim, o tema promete fortes emoções. E o melhor: politiza o
debate.
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