LEMBRANÇAS DA FESTA DE
SANTANA
Na Festa da Padroeira de tempos
idos, durante o bando anunciador, lavagem da igreja, levagem da lenha e a
procissão solene era cantado o Hino a Santana – “Salve Senhora Santana”, de Alpiniano
Reis, o maestro Tuta da Filarmônica 25
de Março. Ainda na parte musical, todos os anos vinha uma Zabumba do distrito
de Bonfim que saía todos os dias da festa, na alvorada e ao meio dia, pelas
ruas centrais da cidade convidando a
comunidade.
O bando anunciador da Festa de
Santana ia às ruas sempre a tarde no
primeiro domingo de janeiro, passando
depois para a madrugada e os participantes tinham o costume de acompanhar o
bando mascarados. No final dos anos 70, ao encerrar a manifestação muitos dos
seus membros, principalmente comunicadores e artistas dos grupos teatrais se
reuniam na Rua Cristóvão Barreto, conhecida como “Pilão sem tampo”, na casa do
radialista Edival Souza, quando dona Hilda servia deliciosa feijoada.
Outra tradição, após as novenas,
o largo da Praça da Matriz transformava-se num grande salão de baile, quando as bandas
após abrirem a exibição executando dobrado, tocavam músicas de carnaval. Sob
verdadeira chuva de confetes as famílias da cidade colocavam cadeiras ao redor
do coreto para observar a turma jovem
dançando. Ao mesmo tempo aconteciam quermesses e leilões.
Dos tempos idos, também inesquecível
era o duelo entre as filarmônicas da
cidade – 25 de Março, Vitória, Euterpe e mais a banda da Polícia Militar que
também se revezava no coreto. Era uma apoteose a entrada de cada uma delas,
cada qual querendo apresentar-se melhor, principalmente na guerra de fogos.
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