sexta-feira, 15 de setembro de 2023

FEIRA ONTEM

                                                                    

AQUELE JANEIRO DE 1958                             

Por Adilson Simas

 

            VAMOS hoje viver a Feira há 65 anos a partir de janeiro de 1958. Ela já era esta cidade encontro das rodovias. Pelas ruas planas, os carreteiros às vezes atravessando os poucos subúrbios, passavam transportando mercadorias do sul para o norte do país e vice versa.

 

            TANTO que existiam vários postos fiscais. O da Rua São José, antigo Minadouro – estrada de Serrinha; da Pampalona – estrada velha de almas, hoje Anguera; da Rodagem – antiga estrada Feira-Salvador e o da Boa Viagem, hoje Rua Geminiano Costa, estrada que levava a Fortaleza, hoje Jaiba.

 

            JOÃO Marinho era o prefeito. Nada de secretarias, fundações, autarquias, etc. Oscar Erudilho (secretário), Margarida Ramos (tesoureira) e João Almeida (fiscal geral) e outros poucos formavam a estrutura administrativa do executivo feirense.

 

            A CÂMARA funcionava na própria prefeitura. No primeiro período foi ela presidida pelo médico Augusto Matias, da UDN. No segundo e último período a presidência ficou com o advogado Jorge Watt da Silva, do PTB.

 

            ARTUR Vieira, Antonio Araújo, Antonio Nery, Colbert Martins, Dourival Oliveira, João Durval, Joselito Amorim, Mário Porto, Osvaldo Pirajá, Walter Nink Mendonça e Wilson da Costa Falcão completavam a câmara que tinha 13 vereadores.

 

            DAQUELE tempo, lembranças das ações culturais impulsionadas pela Associação Filinto Bastos. Na direção Benedito Farias, Olney São Paulo, Humberto Mascarenhas, Agnaldo Marques, Luiz Navarro, Carlos Pires, Edgar Erudilho e tantos outros.

 

            OS POETAS faziam da Confeitaria Aurora, na Rua Direita, do também poeta Apóstolo Filho, o ponto de encontro das manhãs de domingo. Entre eles o “príncipe” Antônio Lopes, declamando os versos da preta Maria Tereza, do cotidiano da cidade.

 

            COMO nos anos 30 do Grupo Taborda, a vida teatral continuava firme. Francisco Barreto dirigia o Grupo Scafs embrião de outros movimentos, dos quais emergiriam Luciano Ribeiro, José Carlos Teixeira, Gildarte Ramos, Antonio Miranda, Deolindo Chechucci, Alvaceli Penha, Antonia Veloso, Neide Sampaio e tantos.

 

            AS RÁDIOS Cultura e Sociedade dividiam a audiência, jogando no ar as vozes de Raimundo Oliveira, Chico Baiano, Geraldo Borges, Edival Souza, Lucílio Bastos, Itaracy Pedra Branca, Dourival Oliveira, Chico Caipira, Nestor Peixoto e haja grandes radialistas.

 

            DUAS emissoras, dois auditórios, palcos para exibição de famosos da MPB. Mas também para os cantores locais como Ivanito Rocha, Maria Luiza, Raimundo Lopes, Antonieta Correia, Antonio Batista, Ednalva Santana, Antonio Moreira, Dilma Ferreira...

 

 

ALCINA Dantas comandava o programa de auditório “Brasil do Amanhã” de onde sairiam ídolos mirins como Marcelo Mello e outros. Antes tinha missa dominical na Matriz, Senhor dos Passos, Asilo, Igreja dos Remédios, Santo Antonio, Alto Cruzeiro. Tempo de Aderbal Miranda, Mário Pessoa, Frei Salomão e outros Sacerdotes.

 

            MESMO sem as salas do Iguatemi, novidade dos anos 90, a cidade já oferecia opções para os amantes da sétima arte. Além de Íris e Santanópolis, com tabuletas nas ruas anunciando os filmes, em fevereiro o cine Madrid, na Rua Castro Alves, com 375 lugares.

 

            A VIDA social, passada a fase de ouro das filarmônicas “25 de Março” e Vitória, acontecia nos salões do Feira Tênis Clube e da Euterpe. O “aristocrático” presidido por Milton Falcão de Carvalho, seu Bubu  e o “clube do povo”  por João Pires, da Loja Pires.

 

            NAQUELE janeiro as atenções já estavam voltadas para mais uma Festa da Padroeira. No dia 5, o Pregão e dia 12 o Bando Anunciador, vindo dos Olhos D’Água e saindo da porta da igreja para percorrer todas as ruas do centro.

 

            COMO o novenário começaria no dia 19, muitas modistas estavam cheias de encomendas de senhoras e senhorinhas. Os homens, por sua vez, completavam o terno de linho comprando gravatas, borboletas, chapéu palhinha e sapatos duas cores.

 

            Á FRENTE da comissão responsável pela Festa da Padroeira, escolhido desde que foi encerrada a festa do ano anterior, estava o comerciante Valdemar da Purificação. Naquele tempo, além da parte profana, ela também se encarregava da parte religiosa.

 

            E NO MAIS formavam também na comissão, Alfredo Sarkis, João Suzart, Joel Magno, José Sena Lima, Carlos Fadigas, Maurílio Silva, Clarindo Borges, Israel Trindade, Alberto Oliveira, Osvaldo Cordeiro e tantos outros devotos.

 

AQUELE JANEIRO DE 1958                             

 

            VAMOS hoje viver a Feira há 65 anos a partir de janeiro de 1958. Ela já era esta cidade encontro das rodovias. Pelas ruas planas, os carreteiros às vezes atravessando os poucos subúrbios, passavam transportando mercadorias do sul para o norte do país e vice versa.

 

            TANTO que existiam vários postos fiscais. O da Rua São José, antigo Minadouro – estrada de Serrinha; da Pampalona – estrada velha de almas, hoje Anguera; da Rodagem – antiga estrada Feira-Salvador e o da Boa Viagem, hoje Rua Geminiano Costa, estrada que levava a Fortaleza, hoje Jaiba.

 

            JOÃO Marinho era o prefeito. Nada de secretarias, fundações, autarquias, etc. Oscar Erudilho (secretário), Margarida Ramos (tesoureira) e João Almeida (fiscal geral) e outros poucos formavam a estrutura administrativa do executivo feirense.

 

            A CÂMARA funcionava na própria prefeitura. No primeiro período foi ela presidida pelo médico Augusto Matias, da UDN. No segundo e último período a presidência ficou com o advogado Jorge Watt da Silva, do PTB.

 

            ARTUR Vieira, Antonio Araújo, Antonio Nery, Colbert Martins, Dourival Oliveira, João Durval, Joselito Amorim, Mário Porto, Osvaldo Pirajá, Walter Nink Mendonça e Wilson da Costa Falcão completavam a câmara que tinha 13 vereadores.

 

            DAQUELE tempo, lembranças das ações culturais impulsionadas pela Associação Filinto Bastos. Na direção Benedito Farias, Olney São Paulo, Humberto Mascarenhas, Agnaldo Marques, Luiz Navarro, Carlos Pires, Edgar Erudilho e tantos outros.

 

            OS POETAS faziam da Confeitaria Aurora, na Rua Direita, do também poeta Apóstolo Filho, o ponto de encontro das manhãs de domingo. Entre eles o “príncipe” Antônio Lopes, declamando os versos da preta Maria Tereza, do cotidiano da cidade.

 

            COMO nos anos 30 do Grupo Taborda, a vida teatral continuava firme. Francisco Barreto dirigia o Grupo Scafs embrião de outros movimentos, dos quais emergiriam Luciano Ribeiro, José Carlos Teixeira, Gildarte Ramos, Antonio Miranda, Deolindo Chechucci, Alvaceli Penha, Antonia Veloso, Neide Sampaio e tantos.

 

            AS RÁDIOS Cultura e Sociedade dividiam a audiência, jogando no ar as vozes de Raimundo Oliveira, Chico Baiano, Geraldo Borges, Edival Souza, Lucílio Bastos, Itaracy Pedra Branca, Dourival Oliveira, Chico Caipira, Nestor Peixoto e haja grandes radialistas.

 

            DUAS emissoras, dois auditórios, palcos para exibição de famosos da MPB. Mas também para os cantores locais como Ivanito Rocha, Maria Luiza, Raimundo Lopes, Antonieta Correia, Antonio Batista, Ednalva Santana, Antonio Moreira, Dilma Ferreira...

 

 

ALCINA Dantas comandava o programa de auditório “Brasil do Amanhã” de onde sairiam ídolos mirins como Marcelo Mello e outros. Antes tinha missa dominical na Matriz, Senhor dos Passos, Asilo, Igreja dos Remédios, Santo Antonio, Alto Cruzeiro. Tempo de Aderbal Miranda, Mário Pessoa, Frei Salomão e outros Sacerdotes.

 

            MESMO sem as salas do Iguatemi, novidade dos anos 90, a cidade já oferecia opções para os amantes da sétima arte. Além de Íris e Santanópolis, com tabuletas nas ruas anunciando os filmes, em fevereiro o cine Madrid, na Rua Castro Alves, com 375 lugares.

 

            A VIDA social, passada a fase de ouro das filarmônicas “25 de Março” e Vitória, acontecia nos salões do Feira Tênis Clube e da Euterpe. O “aristocrático” presidido por Milton Falcão de Carvalho, seu Bubu  e o “clube do povo”  por João Pires, da Loja Pires.

 

            NAQUELE janeiro as atenções já estavam voltadas para mais uma Festa da Padroeira. No dia 5, o Pregão e dia 12 o Bando Anunciador, vindo dos Olhos D’Água e saindo da porta da igreja para percorrer todas as ruas do centro.

 

            COMO o novenário começaria no dia 19, muitas modistas estavam cheias de encomendas de senhoras e senhorinhas. Os homens, por sua vez, completavam o terno de linho comprando gravatas, borboletas, chapéu palhinha e sapatos duas cores.

 

            Á FRENTE da comissão responsável pela Festa da Padroeira, escolhido desde que foi encerrada a festa do ano anterior, estava o comerciante Valdemar da Purificação. Naquele tempo, além da parte profana, ela também se encarregava da parte religiosa.

 

            E NO MAIS formavam também na comissão, Alfredo Sarkis, João Suzart, Joel Magno, José Sena Lima, Carlos Fadigas, Maurílio Silva, Clarindo Borges, Israel Trindade, Alberto Oliveira, Osvaldo Cordeiro e tantos outros devotos.

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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