Apesar do plano de relançar a marca
do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em fevereiro, o governo levará mais
tempo para, de fato, engrenar o programa habitacional em seu novo modelo.
Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o Executivo não planeja usar as regras
do Casa Verde e Amarela (CVA) para contratar novas moradias enquanto
o desenho do MCMV é estruturado. A expectativa, por sua vez, é de que a
definição de todo arcabouço do novo programa demore meses.
Com isso, é possível que as
primeiras contratações ocorram apenas no início do segundo semestre.
Estimativas que circulam no mercado dão conta da possibilidade de quase 40 mil
habitações voltadas à população de mais baixa renda serem retomadas neste ano.
No governo, o esforço é para que
esse marco aconteça mais cedo, no segundo trimestre - previsão considerada
otimista. O período dá margem para o Executivo trabalhar mais intensamente na
retomada de obras paradas, um dos motes do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) para o início de seu terceiro mandato.
O principal motivo para o governo
não querer contratar novos empreendimentos usando o programa da gestão Bolsonaro -
mesmo que apenas inicialmente - é o fato de o Casa Verde e Amarela não atender
o que se chamava de faixa 1 do MCMV, modalidade que concedia subsídios de até
90% do valor do imóvel para famílias com renda de até R$ 1,8 mil.
Lula e sua equipe querem dar foco
total a essa modalidade, que contempla a população mais atingida pelo déficit
habitacional e que ficou sem contratações nos últimos anos por falta de
recursos. A mais recente ocorreu na presidência de Michel Temer. Por
consequência, o desenho do Casa Verde e Amarela não ofereceu tamanho grau de
benefício. Quando foi lançado, em agosto de 2020, o programa foi dividido em
grupos e nenhum deles concedia descontos aos moldes da faixa 1. Mais.
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