O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) já foi alertado, por interlocutores no Palácio do Planalto e no
Congresso Nacional, que a eventual escolha de um economista heterodoxo e
“antiamercado” para a diretoria de política monetária do Banco Central pode
ficar travada no Senado.
A vaga será aberta nesta semana,
com o fim do mandato do diretor Bruno Serra no BC, que expira na terça-feira
(28). Ele pode continuar no cargo até a indicação de seu sucessor e avalia até
mesmo participar da próxima reunião do Copom, o comitê do BC que decide a taxa
básica de juros, marcada para os dias 21 e 22 de março.
Lula ainda não revelou a aliados
quem pretende indicar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente
do BC, Roberto Campos Neto, passaram a semana juntos na Índia, em reunião do
G-20, e a expectativa no governo é que eles levem para Lula um nome de consenso
para a sucessão de Bruno Serra.
A aposta, no Planalto, é que Haddad
e Campos Neto entreguem ao presidente uma sugestão de economista com bom
trânsito no mercado financeiro e que reconheça a importância do ajuste fiscal
para a a queda sustentável da taxa de juros.
No PT, a preferência é pela escolha
de um nome que não siga a cartilha do mercado financeiro. Alguém na linha do
economista André Lara Resende, que tem minimizado o risco fiscal e defendido
uma redução mais agressiva da Selic, teria apoio imediato no partido. Mais.
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