sábado, 4 de fevereiro de 2023

EX-SUBSECRETÁRIA DE INTELIGÊNCIA DO DF DIZ À PF QUE FORÇAS DE SEGURANÇA E ÓRGÃOS FEDERAIS SABIAM DAS MOVIMENTAÇÕES DE BOLSONARISTAS DIAS ANTES DOS ATOS TERRORISTAS EM BRASÍLIA

 

A ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF Marília Ferreira Alencar disse à Polícia Federal que as Polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros, o STF, o Senado e outros órgãos ligados à segurança sabiam sobre a movimentação de bolsonaristas radicais em Brasília antes dos ataques às sedes dos três poderes, em 8 de janeiro passado.

Marília foi chamada para o cargo de subsecretária de Inteligência por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, que está preso em Brasília (saiba mais abaixo).

Segundo ela, forças de segurança de diversos órgãos participavam de um grupo de Whatsapp onde eram repassadas, desde o dia 6 de janeiro, informações sobre as movimentações dos grupos contrários ao resultado do segundo turno das eleições para a presidência da República.

"Na noite de sexta-feira (6), por volta de 22h, chegou uma informação no grupo de WhatsApp denominado 'perímetros segurança' que havia chegado em Brasília cerca de 43 ônibus fretados com o total de 1.622 passageiros para a manifestação que ocorreria no dia 08 de janeiro", disse Marília no depoimento à PF.

Entre os membros do grupo estavam também representantes do Detran, do DER, e Ministério de Relações Exteriores (MRE), conforme o depoimento. O g1 entrou em contato com a assessoria dos órgãos citados, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

As declarações as quais o g1 teve acesso foram dadas durante depoimento à Polícia Federal no dia 27 de janeiro. Na ocasião, Marília – que também é delegada da PF – teve o celular apreendido para ser periciado.

Segundo a ex-subsecretária, as manifestações eram de conhecimento da pasta desde o dia 5 de janeiro. No dia seguinte, 6 de janeiro, Marília afirma que um relatório de inteligência reuniu informações sobre "possíveis invasões de ocupação de prédio público, bloqueio de refinaria e distribuidoras de combustíveis e possivelmente uma greve geral no dia 9 de janeiro". Mais.

 

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