Presidente do Senado por quatro
vezes, Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou ao Valor que está trabalhando junto aos
pares para que seja instalada, já no início de fevereiro, uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos de terrorismo realizados
por bolsonaristas radicais neste domingo.
Uma das primeiras medidas da CPI, garante, será pedir a extradição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso ele ainda não tenha retornado ao Brasil, para prestar depoimento no Congresso Nacional e ser investigado sobre eventuais vínculos com os criminosos.
“Bolsonaro pode e vai ser
convocado. Tem que vir responder por crimes que cometeu. Além disso, ele agora
será investigado na primeira instância”.
Calheiros diz que a nova CPI não
deve poupar ninguém, nem mesmo militares. “Tem que ser objetivo. Aqui é a
oportunidade para investigar tudo. Quem nas Forças Armadas colaborou, quem no
empresariado financiou esses atos, quem na classe política facilitou”. Nesse
sentido, o ex-presidente do Senado defende a cassação de mandato de
parlamentares que a CPI prove terem participação no ato golpista de ontem, bem
como investigação por omissão do atual Procurador-Geral da República (PGR),
Augusto Aras.
Um dos motivos para pedir a CPI a
partir de 1 de fevereiro, lembra o senador, é a mudança de legislatura na data.
Com isso, pedidos de CPI que hoje estão na fila para instalação são arquivados,
e a CPI dos atos golpistas teria precedência. Mais.
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