O comentarista político Cláudio Prisco
Paraíso foi demitido pela Rede SCC, afiliada do SBT em Santa Catarina, nesta
quinta-feira (12).
O comunicado sobre o desligamento
do jornalista ocorreu após ele falar em supostos maus-tratos sofridos por
bolsonaristas presos após depredação de prédios públicos em Brasília (DF) no
dia 8 de janeiro. Na ocasião, o profissional ainda atacou o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) a quem chamou de ‘tirano’.
Em comunicado, o Sistema
Catarinense de Comunicações apontou que os comentários de Prisco ‘não refletem
necessariamente a opinião da emissora’.
“Sempre prezamos por ter em nossos
quadros de comentaristas profissionais das mais variadas opiniões e posições
políticas. Seguindo essa premissa, o SCC esclarece que os comentários do
jornalista em questão são de responsabilidade pessoal do mesmo, não nos
isentado da obrigação de garantir que os limites legais da liberdade imprensa e
opinião sejam rigorosamente respeitados por todos os nossos colaboradores”, diz
o texto.
De acordo com o SCC, o desligamento
do comentarista ocorreu ‘em comum acordo e de forma amigável’. O quadro que ele
apresentava no programa ‘Na Telinha’ não foi ao ar na quinta-feira.
“Tirano” e “reencarnação do capeta”
Após a série de ataques terroristas
promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes do
Três Poderes, o jornalista Cláudio Prisco saiu em defesa dos presos pelos
atentados. Durante participação no programa televisivo, ele disse que os
detidos estariam sofrendo maus-tratos e ironizou a qualificação deles como
terroristas.
"Esses são os terroristas,
segundo o governo, Polícia Federal e tantos outros. Mil e duzentos, que estavam
acampados diante do Quartel-General do Exército em Brasília, que foram presos,
e que só hoje, depois de mais de 24 horas, sem banheiro, no calor, comida e
bebida só receberam depois de 12 horas”, disse na terça-feira (11).
Depois disso, ele ainda afirma que
os Direitos Humanos não estavam sendo respeitados e q e”quem está em presídio
foi muito mais bem tratado e respeitado que eles”.
Na sequência, ainda faz uma série
de críticas a Moraes, definindo-o como “encarnação do capeta e pobre
espírito".
"Calhordice, canalhice,
calhordice, canalhice e cretinice... É assim que se pode definir o
comportamento deste tirano", reclamou. Mais.
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