Na eleição de 1992, última sem
voto eletrônico, o ancião Otávio da Gabriela feliz com a dentadura que
conseguiu durante a campanha eleitoral, votou no dentista João Durval para
prefeito e no protético José Vitório para vereador.
No dia da eleição, com a
“perereca” no bolso, pois ainda não tinha se acostumado, votou e foi saindo com
a cédula na mão.
Foi alertado pelo mesário, que disse apontando a
urna:
“Ei, o senhor. tem que deixar a chapa aqui”.
Pensando tratar-se da dentadura,
o velhinho retira do bolso e desabafa:
- Eu sabia que isso tinha enrolada...
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