sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

A CIDADE E AS INESQUECÍVEIS AS SERESTAS DE TEMPOS IDOS

Recordo aquelas na Filarmônica Vitória

 Às 20 horas, mesas ocupadas, os casais com uma rosa vermelha que Edson Baptista oferecia na entrada.

"Bebé Coleira" com seu saxofone tocava o prefixo anunciando mais uma noite de muita música e nostalgia.

Milton Brito, repertório rico, violão afinado, fazia a saudação e em seguida era aplaudido interpretando "Modinha" de Sérgio Bittencourt:

-"Olho a rosa na janela, sonho um sonho pequenino: se eu pudesse ser menino, eu roubava essa rosa e ofertava todo prosa, à primeira namorada e nesse pouco ou quase nada eu dizia o meu amor, o meu amor..."

Na sequência o show dos “Antonio’s” da Feira: Antônio (Tuita) Caribé, Antônio (Alfaiate) Batista e Antônio (Donga) Carvalho seguidos  por tantos outros seresteiros. Dida, Missinho e Walter exibiam o melhor do Trio Irakitan e Geraldo Borges  com um repertório que causava arrepios;

Quando o dia começava clarear Titã (da Prefeitura) Soledade "adentrava" no salão. Face cansada atestando mais uma longa maratona noturna, voz dolente, pegava o microfone e fazia a plateia viajar no tempo ao lembrar "A camisola do dia" de  Erivelto Martins:

   - Amor, eu me lembro ainda, era linda, muito linda; Um céu azul de organdi; a camisola do dia, tão transparente e macia, que eu dei de presente a ti; tinha rendas de Sevilha, a pequena maravilha, que o teu corpinho abrigava; e eu era o dono de tudo, do divino conteúdo, que a camisola ocultava...

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