Por Fernando Brito
Parece incrível que, em pleno século 21, esteja sendo
lançado um “Manifesto pela Liberdade de Crença” e contra a perseguição as
religiões de matriz africana.
Mas está e reflete o que nós, muitas vezes, não percebemos,
a não ser quando chega a agressões explícitas.
A discriminação religiosa – já de si a negação de que há uma
filiação divina a todos os homens que as religiões professam – sempre existiu e
sempre ambicionou a proximidade do poder.
Mas, agora, ela toma conta do Estado, quando diplomatas
brasileiros, ministros de Estado e o próprio Presidente da República tomam a
frente de discursos que invocam como papel da administração pública, a
conversão religiosa dos cidadãos.
A invocação de Deus como agente político é, em si, uma
heresia para quem crê e uma opressão a quem não crê.
A fé, necessariamente uma convicção do indivíduo, só tem
sentido social quando se trata de fazê-la obra de fraternidade, como nos
versículos de Tiago 2:2, do contrário estará morta.
Não tenho fé senão nas ações de homens e mulheres que
proclamam este princípio, que nos irmana.
E numa homenagem aos evangélicos que pensam assim, reproduzo
a prédica da pastora metodista Nancy Cardoso que, melhor do que eu, ensina que
estamos todos na mesma planície. AQUI
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