Por Fernando Brito
O discurso da “retomada da economia”, inaugurado com a
chegada de Michel Temer ao poder, em 2016.
E não era só nas colunas dos analistas econômicos, também o
“mercado” previa, no início de cada ano, uma expansão do PIB (2,7% em janeiro
de 2017 e 2,6% em janeiro deste ano) que foi se concretizar em algo perto de
1%, ao afinal do período.
A realidade era substituída pelos desejos, mas os
indicadores econômicos permaneciam reais, desmentindo toda as marolas de
otimismo que eram ideologicamente construídas.
A crise real, porém, tinha lá a sua utilidade: era utilizada
como elemento “terrorista” para legitimar a retirada de direitos sociais: com
Temer e com Bolsonaro, a “ameaça” de não pagar os já aposentados para tornar
aceitável que não se pagasse, no futuro, aos “novos velhos”.
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