quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

DECISÃO DO TSE É SÓ “SABUJICE OBLIGE” A BOLSONARO, SEM EFEITO PRÁTICO


Por Fernando Brito


A inefável gentileza de Luiz Roberto Barroso para com Jair Bolsonaro permitiu a aprovação, esta noite, de uma insólita “aceitação” pelo Tribunal Superior Eleitoral de assinaturas digitais como substituta das físicas no processo de legalização de novos partidos.

Insólita e inútil porque, à luz da lei brasileira as assinaturas digitais válidas são as feitas por meio de certificação, um processo caro e demorado, ao qual não tem acesso nem 2% dos brasileiros.

A decisão – à qual se opuseram o relator Og Fernandes e os ministros Rosa Weber e Edson Fachin – é inócua.

É, à semelhança torta do antigo “noblesse oblige“, a “sabujice oblige“, gesto que só se tomou por agradar o atual presidente, já que não tem qualquer possibilidade de ser implementado a tempo de dar condições da tal Aliança pelo Brasil” disputar as eleições de 2020.

Tanto que o próprio Barroso diz que condiciona as assinaturas digitais “à aprovação de regulamentação pelo tribunal e ao desenvolvimento da tecnologia necessária para fazer a verificação e a contagem das assinaturas eletrônicas.MAIS

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