Por Fernando Brito
Sempre no clima de porta de botequim, Jair Bolsonaro soltou
mais uma bravata hoje, dizendo que se estão reclamando de que ele mande trocar
um superintendente regional da Polícia Federal ele troca logo o diretor-geral
do órgão:
—Agora há uma onda terrível sobre superintendência. Onze
[superintendentes] foram trocados e ninguém falou nada. Sugiro o cara de um
estado para ir para lá: ‘Está interferindo’. Espera aí. Se eu não posso trocar
o superintendente, eu vou trocar o diretor-geral. Se eu trocar hoje, qual o
problema? Está na lei que eu que indico e não o Sergio Moro. E ponto final.
Não ficaria pior se dissesse “Coé, xará, eu que mando e boto
lá quem eu quiser“. E nem é método novo, pois fez o mesmo dizendo que se não
pudesse nomear o filho Eduardo embaixador nos EUA o nomearia chanceler.
Dificilmente fará isso, pois quem tem telhado de vidro não
joga pedra no camburão da federal.
Mas demonstra que está disposto a testar o nível do
“coeficiente de capachismo” de Sergio Moro e ir reduzindo os danos da
inevitável saída do ex-juiz de seu ministério.
Como nas encrencas de porta de botequim, o valentão conta
que o outro se intimide e em geral isso acontece, até porque sabe que o outro
está armado de uma potente caneta BIC.
Até que um dia…
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