terça-feira, 31 de julho de 2018

O PRIMEIRO COMANDO DO CHUCHU COMEÇA A CAÇA A BOLSONARO


Por Fernando Brito

Leonel Brizola costumava chamar a ação coordenada da grande mídia de “Comando Marrom” , numa alusão ao Comando Vermelho, facção criminosa outrora na ribalta, posto que hoje perdeu para sua congênere paulista – ou já nacional – o Primeiro Comando da Capital que, segundo a Folha, expande-se à velocidade de “um bandido por hora”.

Guardadas as diferenças do tipo de intimidação que mídia e bandidagem fazem sobre a população, é possível dizer que, garantido o tempo de televisão do “Centrão”, a estrutura dominante da mídia passa a desfechar ataques mais violentos para tomar as áreas dominadas pelo ex-capitao Jair Bolsonaro.
A ação do braço midiático de Geraldo Alckmin, que bem poderia ser chamado de  “Primeiro Comando do Chuchu” já começou a ser vista nas capas das revistas semanais que foram às bancas sábado e ontem. Época e Veja desfecharam uma ofensiva indignada contra os absurdos que deixaram passar quase “quietos” durante anos. Ou com que, pelo menos desde que o ex-capitão tomou o lugar de vice-líder nas pesquisas de opinião, o que já lá vai tempo.

A Istoé, boletim extra-oficial do Governo Temer, enquanto isso, publica uma foto de um Alckmin simpático, arregaçando as mangas como que se prepara para endireitar o país. Nada de novo  perto das fotos que apresentavam Aécio Neves em feitio de Super-Homem.

A arma de grosso calibre, a Rede Globo, por enquanto o ignora e só será em último caso, porque – e Bolsonaro sabe disso – tem efeitos colaterais adversos. Aliás, o próprio candidato já mostrou qual será a sua linha de resposta: elogiar a Globo pelo seu apoio à ditadura militar.

Geraldo Alckmin depende desesperadamente de que Bolsonaro mingue.

Afinal, sua estratégia de campanha já foi batizada por Fernando Henrique Cardoso ao falar de Michel Temer.

Alckmin “é o que temos, parte 2”.



Nenhum comentário:

Postar um comentário