Por Fernando Brito
Aguardem a divulgação do fluxo
cambial de março e cruzem os dedos.
A alta do dólar, que chega perto de
10% desde o início do ano está desafiando o movimento de venda de quem estava
com ativos em moeda americana, que procura realizar o lucro que a valorização
cambial lhe enseja.
A “folga” que esperavam no câmbio
se reduziu ao ponto de não haver um “colchão” para novas chacoalhadas no
mercado externo, cada vez mais próximas de acontecer.
As empresas brasileiras tomaram
empréstimo em dólar barato e, a esta altura, já têm de contar com pagamentos em
dólar alto.
Portanto, a relativa fraqueza de
procura pela moeda norte-americana que preticaram no início deste ano não pode
ser mantida e isso ajuda a entender porque há procura pelo dólar mesmo com este
no “pico” de R$ 3,55 alcançado esta manhã.
Segundo o Valor, apenas na
quarta-feira, quando o dólar bateu R$ 3,50, o movimento de compra da moeda
estrangeira chegou a US$ 1,18 bilhão.
É possivel que volte a pouco
menos de R$ 3,50, se a reunião do
Federal Reserve, hoje, decidir postergar a alta dos juros do Tesouro norte-americano.
Do contrário, não volta mais, tão cedo.
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