segunda-feira, 26 de março de 2018

MULHERES NÃO PARTICIPAVAM DA PROCISSÃO DO FOGARÉU EM FEIRA


Este é o momento oportuno para lembrar como era em Feira de Santana, em tempos idos, a Procissão do Fogaréu que acontecia nas quintas-feiras da Semana Santa. Os mais antigos são unânimes em afirmar que a fé tem sido a mesma durante a procissão, que, no entanto muito tem perdido em afluência e solenidade. Vale a pena, pois, lembrar a Procissão do Fogaréu de antigamente, conforme editorial da Folha do Norte de abril de 1997. (Adilson Simas).

A Procissão do Fogaréu

A procissão, que ficou em nossa memória, era majestosa. À frente, com seu porte marcial, andar  pausado, o Coronel Álvaro Simões Ferreira, levando a imagem do Crucificado, seguido da irmandade da Santa Casa de Misericórdia, encapuzada, numerosa e dividida em duas alas, a conduzir tochas.
Em seguida vinha o Padre Mário Pessoa, a puxar a ladainha com voz  suave mas audível à distância, tal o pesado silêncio que se fazia.
Surgia, depois, a matraca, tangida, nos intervalos, por Claudio “Macaca Fêmea”, e o bombardino, tocado por Oscar Bombardino, que dava, ao cortejo, tom lúgubre e cerimonioso. Só depois aparecia o povão, tomando toda a largura da rua, mas respeitando o espaço das principais figuras da procissão.

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