Por Fernando Brito
João Doria deu hoje um imenso tiro no pé.
Até agora podia dizer que sua vida de luxo e riqueza se
devia ao seu sucesso profissional, muito embora tenha financiado, com juros
subsidiados, o seu jatinho de R$ 44 milhões no BNDES.
O decreto que assinou, segundo a Folha de S. Paulo,
concedendo aos ‘ex-prefeitos’ de São Paulo, por um ano, os serviços de
segurança dos policiais-militares cedidos à municipalidade, para sua segurança
e a de sua família, durante um ano depois de deixar o cargo (inclusive para
candidatar-se ao Governo do Estado) é de uma estupidez exemplar.
Será que quem tem um avião de R$ 44 milhões não pode, na
campanha, pagar um ou dois seguranças?
Mas Doria se concedeu quatro policiais militares e até mais,
se o seu sucessor, prestimoso, quiser
providenciar um reforço.
O decreto do prefeito só tem um destinatário: ele próprio,
porque todos os demais ex-prefeitos paulistanos já deixaram o cargo há mais de
um ano.
É legislar em causa própria na veia.
Acaba de criar o “auxílio-meganha”.
Não é apenas um abusado e imoral no uso do poder público.
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