Jornal GGN - O jurista Célio Borja, ex-ministro da Justiça
na gestão de Fernando Collor e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, disse
em entrevista ao Estadão que as delações da Odebrecht não poder ser tomadas
como “verdade absoluta”, antes que as investigações prossigam.
"O que me assombra é que as delações estejam sendo
tomadas como verdade absoluta. As delações não são prova. A responsabilidade
penal depende de prova. As delações são apenas a narração de fato que pode ser
criminoso ou não. Às vezes não é criminoso. Por exemplo, dizer que o candidato
recebeu doações. É preciso provar que o candidato sabia que doações vinham de
fonte ilícita. Mas ninguém se preocupa com isso. Pelo fato de ter sido citado
em delação, ele acaba no rol dos culpados. Estão criminalizando quem não é
absolutamente criminoso. E estão colocando nessa triste posição quem não tem
nada a ver com isso", comentou.
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