Por Fernando Brito
A Folha noticia na primeira página , com indisfarçável
tristeza, que “Atos a favor da Lava Jato levam menos gente às ruas”.
Dentro, uma grande e competente turma de repórteres tem, no
máximo, 60 linhas para explicar que não houve cálculo da quantidade de pessoas
presentes, exceto pelos organizadores, que as estimaram em 15 mil.
Como o boi sempre engorda com o olho do dono, dê-se por 5
mil e estará de bom tamanho.
A matéria registra que no dia 13 de março de 2016, os
“coxinhas” reuniram 500 mil, nas precisas contas do Datafolha.
A edição, piedosa, compara as fotos da Paulista de ontem com
a de dezembro, que já não ia bem das pernas.
Dois anos de curso primário bastam para ver que, de cada 100
daquela grei, apenas um foi brincar de “super-Moro”.
Não é uma variação casual, está cheia de significados a
interpretar, embora ninguém o faça nos jornais de hoje.
Exceto, claro, na própria Folha, que chamou para fazê-la
justamente o agora dissidente rotweiller da direita impixista, Reinaldo
Azevedo, que as classifica como expressão de uma “igrejinha piromaníaca”.
Não é preciso muito esforço para perceber-se quem são os
santos desta seita e que são, por isso, os grandes derrotados na política a que
se aventuraram: o Ministério Público e Sérgio Moro, este que há dias foi para
internet dizer que contava com o apoio de “talvez a totalidade da população”.
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