Por José Dirceu
O país vive sua catarse regressiva.
Para além da ilegitimidade do governo, as chamadas reformas avançam, tal qual
em 1967-69, sustentadas — tanto elas quanto o governo — pela maioria
parlamentar que se formou desde o pacote de maldades, o que inviabilizou o
ajuste fiscal de Dilma, pelo MPF/Judiciário e pela mídia. A coalisão PSDB-PMDB
retoma a agenda da era FHC e, agora, com o ex-PFL/DEM como sócio menor, com o
centrão jogando o papel de sempre. Para completar o cenário, os rentistas e o
capital bancário financeiro, os oportunistas e carreiristas de sempre, o
empresariado pato e as classes médias assistem, alguns com renovado cinismo e
outros estupefatos, o processo de
bombardeios das conquistas sociais. Afinal, não estavam lutando contra a “corrupção”?.
Assistem ao espetáculo sofrível do
governo Temer. Mas saem em sua defesa e lhe dão sustentação, alguns de forma
envergonhada, outros aderindo com prazer, jogando no lixo a luta contra a
corrupção. Por que não, se até o STF e o MPF buscam meios de preservar Temer e
o tucanato?
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