Por Fernando Brito
Do noticiário dos jornais sobre a tentativa de Marcelo
Odebrecht de envolver Lula pessoalmente na sua lista universal de “bondades”
financeiras, duas coisas chamam a atenção, e as transcrevo:
O codinome “Amigo”, que consta na planilha da Odebrecht, é
dono de um saldo de 23.000, que corresponderia a R$ 23 milhões na contabilidade
paralela da empreiteira. Deste total, R$ 8 milhões teriam sido pagos entre
novembro de 2012 e setembro de 2013, restando ainda na planilha R$ 15 milhões
de saldo. (O Globo)
Esperem aí: Lula, aquele que parece no centro do powerpoint
do Dr. Deltan Dallagnol no centro do “governo da propinocracia” foi receber
algum só depois de deixar de ser o “chefão”? E dois anos depois? E R$ 8
milhões, menos do que Michel Temer, à época apenas um apagado vice-presidente,
quando “mordeu” R$ 10 milhões, no ato, do mesmo Marcelo Odebrecht?
A conta, evidentemente, não fecha. Nem mesmo para justificar
a tal reforma do sítio de Atibaia que, diz o mesmo o Globo, foi situada pela
Polícia Federal “entre novembro de 2010 e setembro de 2011”
E mais: o dinheiro para Temer, sabe-se foi levado por Lúcio
Funaro a José Yunes. O suposto pagamento a Lula, além da data “troncha” não tem
como e a quem, questão obrigatória quando alguém diz ter dado algo a alguém.
O segundo ponto é ainda mais interessante. É que no Estadão,
a colunista Vera Rosa afirma que:
Odebrecht descreve a amizade entre o pai, Emílio, e o
ex-presidente como um estorvo. Se queixa de que o pai cedia demais aos pedidos
de Lula, o que obrigava a empresa a fazer investimentos desvantajosos.
Então A Odebrecht “pagava” Lula para “fazer investimentos
desvantajosos”, isto é, ter prejuízo?
Se os investimentos eram “desvantajosos” para a empresa, que
tipo de vantagem por eles poderia alguém pedir?
Está evidente que há uma armação e um conflito (verdadeiro
ou simulado) entre o que diz o pai – e dono – da Odebrecht (Emílio) e o
herdeiro Marcelo.
É tudo tão fraco que, embora fosse, em tese, o “grande
prêmio” do “pegamos o Lula”, tanto O
Globo quanto o Estadão fizeram chamadas modestas nas primeiras páginas, como
você vê acima.
Sabem que não têm nada, senão uma história do que pediram a
delatores para delatar, embora não tenham como provar.
A plutocracia está apavorada, com a virtual vitória dele em 2018.
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