Ao homologar os 77 depoimentos da Odebrecht, a ministra
Cármen Lúcia "frustrou a operação-abafa, mas escolheu não dar o passo
seguinte. Mineiramente, ela evitou contrariar mais interesses e manteve a
papelada em sigilo. A decisão foi recebida com alívio pelos investigados, que
temiam a divulgação imediata das delações", escreve o colunista Bernardo
Mello Franco; "a opção de Cármen dá uma sobrevida aos políticos dedurados
pela Odebrecht. Alguns deles estão prestes a acumular mais poder. É o caso de Rodrigo
Maia, o 'Botafogo', e Eunício Oliveira, o 'Índio'"
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