Por Fernando Brito
Foge à compreensão do governo golpista.
Para ele, a hegemonia política se constrói com cooptações e
conchavos que assegurem “X” votos de parlamentares.
Não existem movimentos e inconformismos sociais.
A sociedade brasileira é, como no poema de Afonso Romano de
Sant’Anna, lembrado hoje cedo por Fernando Molica, diferente disso:
“Uma coisa é um país,/outra um ajuntamento./Uma coisa é um
país,/outra um regimento./Uma coisa é um país,/outra o confinamento.
A resposta do Governo Temer para sua ilegitimidade parece
que se desenha como a pauladas.
Tal como na “diplomacia Serra”, parece apelar para a
“conciliação Gestapo”.
“Ordem e progresso sempre andam juntos”, disse ele hoje,
repetindo Michezinho, no pronunciamento gravado na televisão.
Andam juntos, mas a ordem chega primeiro, sempre e o
progresso fica para as calendas?
Temer se está fazendo um Sarney, um Sarney sem Cruzado.
Há sinais, e se fala abertamente no mercado, de um
degringolar das finanças públicas a partir de outubro.
E as finanças públicas são o único “programa de governo”
destes usurpadores.
O resto é concessão de aumentos às categorias mais
privilegiadas do funcionalismo – judiciário à frente – , tapar o rompo das
contas estaduais e aumentar a dívida pública.
Ah, sim, e despachar a tropa de choque da PM.
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