quinta-feira, 1 de setembro de 2016

SEM DEMOCRACIA, O BRASIL VAI ARDER

Por Fernando Brito

Foge à compreensão do governo golpista.

Para ele, a hegemonia política se constrói com cooptações e conchavos que assegurem “X” votos de parlamentares.

Não existem movimentos e inconformismos sociais.

A sociedade brasileira é, como no poema de Afonso Romano de Sant’Anna, lembrado hoje cedo por Fernando Molica,  diferente disso:

“Uma coisa é um país,/outra um ajuntamento./Uma coisa é um país,/outra um regimento./Uma coisa é um país,/outra o confinamento.

A resposta do Governo Temer para sua ilegitimidade parece que se desenha como a pauladas.

Tal como na “diplomacia Serra”, parece apelar para a “conciliação Gestapo”.

“Ordem e progresso sempre andam juntos”, disse ele hoje, repetindo Michezinho, no pronunciamento gravado na televisão.

Andam juntos, mas a ordem chega primeiro, sempre e o progresso fica para as calendas?

Temer se está fazendo um Sarney, um Sarney sem Cruzado.


Há sinais, e se fala abertamente no mercado, de um degringolar das finanças públicas a partir de outubro.

E as finanças públicas são o único “programa de governo” destes usurpadores.

O resto é concessão de aumentos às categorias mais privilegiadas do funcionalismo – judiciário à frente – , tapar o rompo das contas estaduais e aumentar a dívida pública.


Ah, sim, e despachar a tropa de choque da PM.

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