Por Fernando Brito
Muita gente não sabe, mas o compositor e cantor Sérgio
Ricardo tem, há décadas, um barraco melhorado no alto do Morro do Vidigal, um
dos tantos de onde se quis botar os pobres para fora. Foi lá que esteve, creio
que em 78, o Papa João Paulo II e deu seu anel papal à comunidade. Vários
jornalistas foram passar a noite no barraco de Sérgio Ricardo, para ver se
driblávamos o forte esquema de segurança.
Inútil, dia clareando, fomos todos levados para a parte de
baixo do morro, menos um, que só conseguiram achar já com o dia claro: o mestre
Alberto Jacob, fotógrafo de primeiríssima, querido de todos, que desceu a rampa
da favela como o próprio papa: seguido de seguranças e sob os aplausos da
multidão de repórteres e fotógrafos.
Pois foi lá nesse mesmo cafofo do Sérgio Ricardo que, como
registra minha colega Heloísa Tolipan, Chico Buarque e João Bosco apareceram
sábado, para cantar, se divertir e defender as tradições culturais daquela
comunidade.
Perdoem a ousadia, mas não andará faltando um pouco disso ao
Brasil, o artista ir aonde o povo está? Sabem porque, queridos? Porque vocês
são importantes demais e fazem uma falta
imensa às novas gerações que, ao contrário de nós, não tiveram a oportunidade
de amá-los eternamente.
Veja um pedacinho da
festa, AQUI
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