Por Eduardo Guimarães
Imagine, leitor, se Lula tivesse dado dinheiro público a
algum parente durante seu governo. A mídia e a oposição não se contentariam com
impeachment. Possivelmente, exigiriam pena de morte. De preferência, por
imersão do petista em óleo fervente.
Para que se possa mensurar o nível de intolerância da
imprensa, do Ministério Público, do Judiciário e da Polícia Federal com
petistas e o nível inacreditável de tolerância com tucanos, basta lembrar que
um dos filhos de Lula foi julgado e condenado pelos meios de comunicação por
uma empresa com a qual se associou ter tido relações com o governo do pai.
Pois bem: na edição de terça-feira (14) da Folha de São
Paulo, em matéria escondidinha no “caderno especial” sobre as eleições – e,
claro, sem chamada alguma na primeira página –, o jornal relata um escândalo
surpreendente: quando governou Minas Gerais, Aécio Neves deu dinheiro do Estado
diretamente a empresas de sua família. No caso, algumas rádios.
A matéria da Folha escandaliza por revelar um nível quase
inacreditável de, ao menos, espantosa incúria dos governos do PSDB de Minas
Gerais com a “res publica”, razão pela qual a matéria espantosa saiu muito bem
escondida no jornal da família Frias. Talvez por isso, ao fim da manhã do dia
da publicação, essa matéria tenha ganhado pouco destaque.
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