Por Eduardo Guimarães
Pesquisa Datafolha recém-divulgada (15/10) é uma verdadeira
bomba. Aécio Neves aparece com 45% das intenções de voto e Dilma Rousseff, com
43%, ambos com perda de um ponto em relação à pesquisa da semana passada.
Entre muitas outras coisas, a pesquisa mostra que apoios de
Marina Silva e do PSB a Aécio Neves e denúncias contra a Petrobrás não surtiram
efeito em favor do tucano, como era esperado.
Outro fato mostrado pelo Datafolha é o de que as três
pesquisas Tabajara publicadas na semana passada (Paraná, Veritas e Sensus)
estão criminosamente erradas, o que deve motivar pedidos de investigação.
Mais ainda, o Datafolha mostra a rejeição de Aécio subindo
bem fora da margem de erro (de 34% para 38%) e a de Dilma caindo dentro da
margem de erro (43% para 42%).
Mais um fato positivo para Dilma: o Datafolha confirma o Vox
Populi – a diferença do instituto paulista para o mineiro ficou literalmente
dentro da margem de erro.
Outros dados dão conta de que o Datafolha pode ter optado
por usar a margem de erro em favor de Aécio. Fonte da campanha de Dilma afirma
que ela está subindo e já abriu vantagem sobre Aécio fora da margem de erro.
Essa é talvez a última ou a penúltima pesquisa que esse
instituto poderá usar a margem de erro a seu favor, a menos que os dois candidatos
estejam separados por votos dentro dessa margem.
A partir da semana que vem, ficará extremamente perigoso
para a mídia e os seus institutos de pesquisa usarem margem de erro, a menos
que seja verdade. A proximidade das eleições podem gerar uma imensa
desmoralização a quem der uma de esperto.
Dilma pode respirar aliviada. Tudo que foi feito contra si
ao longo dos últimos dias, deu em nada. Agora, é disputar um pequeno
contingente de corações e mentes que já demonstrou que não está se deixando
sensibilizar tão fácil.
Mas, talvez, o melhor seja que a pesquisa não captou
plenamente o desempenho de Dilma no debate da Band, considerado melhor que o de
Aécio por grande variedade de analistas e pela Bolsa, que já se sabe por que
despencou.
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