sábado, 7 de novembro de 2009

TÚNEL DO TEMPO DOMINICAL


ESTÁDIO “JÓIA DA PRINCESA” (1966)

NESTA próxima sexta-feira, dia 13, o estádio municipal “Jóia da Princesa” estará completando 44 anos. Construído na administração do prefeito Joselito Falcão de Amorim (foto), ao longo desse tempo foram muitas as melhorias introduzidas pela prefeitura e pelo governo do Estado, no hoje batizado “Estádio Alberto Oliveira”.

EXISTIA antes, no mesmo local, o “Estádio Almachio Boaventura”, homenagem ao prefeito que o construiu nos anos 50. Mesmo modesto, no velho estádio se exibiram grandes clubes como Flamengo, Fluminense, Bangu, Botafogo, todos do Rio, Atlético e Cruzeiro de Minas, Corinthians de São Paulo e até o Rosário Central.


CONFORME prática inda hoje adotada em todas as esferas do poder, a festa inaugural foi dois dias antes da eleição para prefeito e logo transformada em ato político pró João Durval, candidato do alcaide, contra Antonio Araújo, do MDB. Entre as inúmeras presenças a de Luiz Vianna Filho, já indicado governador “biônico”.


DOTADO dos requisitos necessários para a prática do esporte das multidões, o prefeito Amorim inaugurou o “Jóia” com quatro lances de arquibancadas, um deles na “geral”. Do outro lado um lance para a torcida do Fluminense, outro para a do Bahia de Feira (foto), separados pelo lance de arquibancada destinado a cadeiras numeradas.

COUBE ao Fluminense, com seu time profissional, fazer o jogo inaugural, tendo como adversário o C. R. Vasco da Gama, até então o único dos grandes clubes do futebol do Rio de Janeiro que ainda não tinha se apresentado nesta cidade. Naquele domingo, portões abertos, o estádio recebeu o maior publico de sua história.


O VASCO venceu o jogo festivo pelo escore mínimo, gol contra do zagueiro Val, um dos maiores da história do tricolor, que naquele dia utilizou os seguintes atletas: Mundinho, Djalma, Onça, Val e Carlinhos Malaquias: Chinezinho (Ubaldo) e Paulo Choco (Dequinha); Veraldo, Renato (Nona), Almeida (Ivan) e Neves.



O TIME misto do Fluminense, formado por jogadores aspirantes e juvenis fez a partida preliminar enfrentando do Botafogo de Manuel Fausto dos Santos, o saudoso Manuel de Emilia (foto). Sem maiores dificuldades o misto tricolor aplicou 5x0 no time adversários, gols assinalados por Pinheirinho, três vezes e Coelho, duas vezes.

NA NOITE de terça-feira, 4 de abril do ano seguinte, o estádio voltou a ser placo de outra grande festa que serviu para marcar a inauguração dos refletores. O Fluminense teve como adversário o Flamengo do Rio de Janeiro que venceu a partida pelo placar de 2x1. O gol tricolor foi contra, marcado por Leon, zagueiro do Flamengo


AINDA nos anos sessenta coube ao prefeito João Durval introduzir melhorias no estádio “Jóia da Princesa”. Entre elas a construção de novas lances de arquibancadas circundando toda a praça esportiva, deixando apenas o que se denominou “ferradura” dando frente para a Rua Gonçalo Alves, ligando Sobradinho ao Cruzeiro.

NO FINAL dos anos setenta, na gestão do prefeito Colbert Martins, os velhos refletores inaugurados em 1967 dariam lugar a um moderno sistema de iluminação para jogos noturnos, aplaudido nacionalmente pela crônica esportiva. O ato trouxe de volta a Feira de Santana o Botafogo do Rio de Janeiro, que empatou com o Flu.


ELEITO governador do Estado, nos anos oitenta João Durval voltaria a introduzir melhorias no estádio municipal. Entre elas novos lances de arquibancadas com os quais fechou a “ferradura” por ele deixada quando fez os primeiros melhoramentos, ainda no tempo de prefeito da cidade.

E NO MAIS, quem foi ao “Jóia” no começo da semana assistir Fluminense versus Bahia de Feira, certamente teve saudade do final dos anos 60, quando toda a cidade parecia ocupar suas dependências para o clássico Touros versus Bicho Papão...
Este era o time base do Fluminense em 1966, quando o "Jóia da Princesa" foi inaugurado. À direita junto ao massagista Aloisio, já atuando como lateral de esquerdo, o saudoso Carlinhos Malaquias (cunhado de João Marinho Gomes Jr), que faleceria em fevereiro do ano seguinte, três meses após a inauguração.

Um comentário:

  1. Carlinhos,morreu domingo de carnaval 05/02/1967 pela manhã,foi uma pena

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