"Análise: crise com Arruda abala o Democratas
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), pode até demorar para acabar deixando o cargo. Pode até resistir e ficar na cadeira até o final do mandato (estratégia descrita no post abaixo). Pode dizer que o dinheiro (vídeo) era para comprar panetones para os pobres. Mas a sua carreira política está comprometida para sempre –para não dizer, acabada. E o seu partido, o Democratas, sobre um fortíssimo abalo.
O Democratas, como se sabe, chamava PFL. Nasceu de uma costela desmembrada do antigo PDS (ex-Arena, o partido de sustentação da ditadura militar). O Democratas escolheu esse nome (quase uma piada pronta para quem apoiou a ditadura) porque desejava renovar a imagem, pois há anos só via encolher seu poder, influência e tamanho.
Arruda é o único dos 27 governadores brasileiros filiado ao Democratas. Nem era um quadro histórico. Foi no passado do PSDB. No início da década, chegou a ser líder do governo tucano de FHC no Senado. Mas acabou renunciando ao mandato para não ser cassado –depois que ficou evidente seu envolvimento no caso de violação do sigilo do painel de votação da Casa.
Meticuloso, Arruda foi reconstruindo sua carreira em Brasília e achou porto seguro no PFL (agora Democratas). Chegou até a ser citado como possível candidato a vice-presidente numa chapa para o Planalto, em 2010, encabeçada pelo PSDB.
Agora, o Democratas terá apenas um “meio governador”, pois não há como imaginar que Arruda tenha condição de sair do atual escândalo com algum prestígio. Nem que possa ter alguma influência maior na sucessão em 2010. Pior ainda, o DEM passa agora a ter de conviver com o termo que mais usava para atacar o governo Lula no plano federal: mensalão. Sim, porque o que se passou no Distrito Federal, segundo todos os indícios disponíveis, foi algum esquema de pagamento ilegal, regular, para políticos aliados ao governo local. Em outras palavras, um “mensalão do DEM”.
E a política brasileira que já teve o mensalão do PT e o mensalão do PSDB (este, com origem em Minas Gerais), agora vai demonstrando que a tecnologia é usada de maneira quase generalizada entre as legendas maiores.
Mas quem está no foco agora é o DEM. Um partido em fase descendente e cada vez mais sem rumo nem muito futuro eleitoral.
Por Fernando Rodrigues
O Democratas, como se sabe, chamava PFL. Nasceu de uma costela desmembrada do antigo PDS (ex-Arena, o partido de sustentação da ditadura militar). O Democratas escolheu esse nome (quase uma piada pronta para quem apoiou a ditadura) porque desejava renovar a imagem, pois há anos só via encolher seu poder, influência e tamanho.
Arruda é o único dos 27 governadores brasileiros filiado ao Democratas. Nem era um quadro histórico. Foi no passado do PSDB. No início da década, chegou a ser líder do governo tucano de FHC no Senado. Mas acabou renunciando ao mandato para não ser cassado –depois que ficou evidente seu envolvimento no caso de violação do sigilo do painel de votação da Casa.
Meticuloso, Arruda foi reconstruindo sua carreira em Brasília e achou porto seguro no PFL (agora Democratas). Chegou até a ser citado como possível candidato a vice-presidente numa chapa para o Planalto, em 2010, encabeçada pelo PSDB.
Agora, o Democratas terá apenas um “meio governador”, pois não há como imaginar que Arruda tenha condição de sair do atual escândalo com algum prestígio. Nem que possa ter alguma influência maior na sucessão em 2010. Pior ainda, o DEM passa agora a ter de conviver com o termo que mais usava para atacar o governo Lula no plano federal: mensalão. Sim, porque o que se passou no Distrito Federal, segundo todos os indícios disponíveis, foi algum esquema de pagamento ilegal, regular, para políticos aliados ao governo local. Em outras palavras, um “mensalão do DEM”.
E a política brasileira que já teve o mensalão do PT e o mensalão do PSDB (este, com origem em Minas Gerais), agora vai demonstrando que a tecnologia é usada de maneira quase generalizada entre as legendas maiores.
Mas quem está no foco agora é o DEM. Um partido em fase descendente e cada vez mais sem rumo nem muito futuro eleitoral.
Por Fernando Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário