sábado, 7 de novembro de 2009

QUINZE ANOS SEM COLBERT


Já são passados quinze anos que Colbert Martins deixou o nosso convívio. Na segunda-feira, 7 de novembro de 1994, pouco antes do meio dia, primeiro na TV Subaé e em seguida pelas emissoras de rádio, a triste notícia do seu falecimento. No dia seguinte o jornal Feira Hoje retratou na manchete o que acontecia na cidade: “Feira chora a morte de Colbert”.
Na Prefeitura e na Assembléia Colbert nunca admitiu as pessoas fazendo fila junto o seu gabinete. As portas estavam sempre abertas e às vezes conversava com todos ao mesmo tempo. Mas no entardecer daquela segunda-feira, 7, ele não pode evitar as pessoas fazendo filas quilométricas para o último adeus ao “prefeito da gente”.
Colbert disputou sete eleições e venceu todas: foi eleito vereador três vezes, deputado duas vezes e prefeito também em duas oportunidades. Sua ultima disputa eleitoral foi em 1988 quando retornou a Prefeitura.
Naquele ano a campanha passou a contar com o horário eleitoral gratuito também na televisão, graças a inauguração na TV Subaé. Ao longo dela, na telinha e principalmente no contato direto com o povo, de improviso e já em cadeira de rodas, mensagens sinceras do saudoso Colbert. Eis algumas:

“Eu jamais falharei ao povo humilde de minha terra”.

“Eu quero dizer a vocês e a toda sociedade de Feira e do Brasil: há um ser limitado que passa os seus momentos, talvez sem as suas pernas, um amor sem limite de todos nós para a criança que vai crescer e vai ter igualdade com toda a sociedade brasileira”.

“E me perguntaram aonde é que está a força, decisão, coragem, raça? Onde é que está a disposição de Colbert Martins? Aqui na sua frente, na sua cara, nos seus olhos, nas suas vontades. Aí é que está a minha força. Nem sequer estou olhando pra cadeira de rodas, nem estou ligando para isto”.

“Neste instante em que a gente sente que essa mocidade demonstra a sua rebeldia, porque nós entendemos que mocidade sem rebeldia é velhice precoce. E eu quero, mocidade, a sua rebeldia! Eu preciso do seu calor, eu preciso da sua emoção, dessa mocidade que não tem limites. Não há limites pra juventude”.

“Honestidade é um dever do político. Não se entende um político que tenha se conduzido mal quando dirigiu a coisa pública”.

‘É como se diz: essa campanha é caso de amor entre mim e Feira de Santana”.

Um comentário:

  1. Como dizia a letras de seu jingle de 1988. 'Uma lição de vida..."

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