quinta-feira, 4 de junho de 2020

CHUVA - GEORGINA ERISMANN


A chuva é ouro que cai do céu
para o mealheiro do pobre...

e para as veias anêmicas da terra febril
a chuva é sangue

Há murmúrios cantantes de águas claras,
Há promessas de fartura nos milharias.

andam pintores invisíveis retocando
o quadro verde da campina,
desbotado pelo sol...

e a natureza agora, toda fresquinha,
lembra uma moça convalescente,
a quem deram lindos vestidos novos.

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